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A LUZ QUE DEFINE A AQUITETURA!

O museu “Vilar Formoso, Fronteira da Paz”, instalado em 2 antigos armazéns desta estação ferroviária, pretende retratar precisamente essa fuga em busca de refúgio seguro e o acolhimento em Portugal. A iluminação desenvolvida para este museu segue não só a arquitectura mas principalmente a forma como ali se conta a história. Após uma iluminação uniforme […]

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Museu Fronteira da Paz

O museu “Vilar Formoso, Fronteira da Paz”, instalado em 2 antigos armazéns desta estação ferroviária, pretende retratar precisamente essa fuga em busca de refúgio seguro e o acolhimento em Portugal.

A iluminação desenvolvida para este museu segue não só a arquitectura mas principalmente a forma como ali se conta a história.

Após uma iluminação uniforme inicial, ilumina-se o espaço seguinte – “O Início do Pesadelo” – que se pretendia vertiginoso tal como a sequência cronológica de acontecimentos que empurraram Judeus (e outros) para uma condição cada vez mais exígua. Estamos num túnel de secção hexagonal, cada vez mais apertado, que os dois rasgos de luz parecem fazer rodar…

Paramos no topo deste túnel de frente para um filme que nos mostra o transporte para os campos de concentração. Nesse momento temos sobre nós a projecção duma estrela que nos marca tal como os Judeus eram marcados. Sentimos que podíamos ser nós a ter o mesmo destino…

À esquerda, a luz esbatida duma pequena janela fosca (iluminada artificialmente durante a noite) indica-nos uma oportunidade de continuar… “A Viagem” é um caminho bastante escuro, com aspecto labiríntico, onde mal percebemos o que vem a seguir. A cada passagem de paredes obstáculo, as linhas de luz instaladas na vertical criam um encandeamento (controlado e momentâneo) que nos ofusca a visão. Caminhamos sem certeza do percurso, entre a luz dura e a penumbra, tal como aqueles que fogem do perigo.

Ficha técnica:
Parceria – Rui Moura / Prom&e
Arquitetura – Atelier Luísa Pacheco Marques
Dono de obra – CM Vilar Formoso